Atenção leitores e amigos:
Estou doando vários livros e revistas de xadrez que acumulei durante os anos em que joguei xadrez. Para quem desejar é só entrar em contato comigo ou deixando seu comentário abaixo. Lembrando que os livros são totalmente grátis para quem desejar! De preferência, desejo que levem todos! (rs)
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Negras jogam e ganham!
Na posição do diagrama abaixo as Negras encontram o caminho da vitória de forma sutil, mas nada fácil. Tente encontrar você, caro leitor, o melhor plano para o sucesso das Negras. Uma dica: Zugzwang!
Negras jogam e ganham!
domingo, 26 de agosto de 2012
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Campeonato Mundial Sub 20 de Xadrez 2012 - Athenas
O GM Alexander Ipatov (2577 –
TUR) venceu o campeonato mundial juvenil masculino (Sub 20) realizado em Athenas, seguido pelo GM Richard
Rapport (2605 – HUN), ambos com 10 pontos em 13 partidas disputadas. Os
Brasileiros MI Evandro Amorim (2436 – BRA), com 6 ½ pontos, e Hugo Zanotti
(2109 – BRA), com 4 ½ pontos, ocuparam os 63º e 112º lugares respectivamente.
GM Alexander Ipatov (2577 - TUR)
Na versão feminina, a GM Guo Qi (2358 – CHI)
venceu o campeonato com 9 pontos em 13 partidas disputadas, após uma série de
partidas de desempate (tie-break) entre WGM Guo Qi, GM Nastassia Ziaziulkina
(2342 – BLR), IM Anastasia Bodnaruk (2414 – RUS) e FM Aulia Medina Warda (2218 –
INA) que ficou fora do quadro de medalhas por ocupar a quarta colocação, após o
tie-break. As Brasileiras Thauane Ferreira (1855 – BRA) e Danielle Moura (1876 –
BRA) ocuparam respectivamente as 55ª e 62ª colocação.
WGM Guo Qi (2358 - CHI)
Para os “Brazukas”, foi um campeonato de extrema
dificuldade, tendo em vista o nível dos jogadores de primeira linha (Grandes
Mestres) participando. Por outro lado deu a eles mais um pouco de experiência
em competições internacionais. Parabéns aos nossos representantes que
participaram dessa competição. Tenho certeza que é de todos nós o desejo que
continuem praticando o xadrez para que alcem vôos mais longínquos e possam
tornar-se Grandes Mestres, em breve.
Os arquivos PGN do Campeonato Masculino
e Feminino
podem ser “baixados” em seus respectivos links (Botão Download as PGN-Files). Abaixo postei as partidas entre os dois
primeiros colocados dos dois campeonatos (Masculino e Feminino) .
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Entendendo a Notação Algébrica no Xadrez
Esse é mais um dos estudos sobre
notação algébrica, portanto pode até parecer repetitivo, no entanto, gostaria
de demonstrar eu mesmo como entender a notação algébrica, sem muita delonga,
sendo prático o bastante para ambientar o leitor iniciante.
Ao final desse post informarei
alguns links interessantes onde o leitor poderá obter informações mais precisas
e se aprofundar um pouco mais.
O que é notação algébrica?
É o método oficial adotado pela FIDE ( Federação Internacional de Xadrez ), de
anotação dos lances de uma partida, obrigatório para os torneios oficiais que
não sejam do tipo rápido ( geralmente de 15 min. ) ou relâmpago ( geralmente de
3ou 5 min ). No diagrama 1 (acima), vemos o tabuleiro com suas respectivas 64
casas bicolores. Cada casa possui uma coordenada que vem da combinação do eixo
vertical com o eixo horizontal. Perceba que a casa a1 indica o lado onde as
brancas distribuirão suas peças, sendo um ponto de referência muito importante
para a disposição das demais peças. No diagrama 2 (abaixo) vemos todas as peças (brancas
e negras), em suas casas iniciais.
Cada peça possui uma simbologia
que é a letra inicial de seu nome, ou seja: Torre (T), Dama (D), Cavalo (C),
Rei (R) e Bispo (B), no entanto os peões não necessitam dessa simbologia,
assumindo a letra da coluna em que estão, como veremos na partida de demonstração,
onde será melhor assimilado. Nas anotações internacionais, usa-se as iniciais
das peças em inglês, ou seja: Rook (R) – Torre, Knight (N, Para não entrar em conflito com o Rei/King) – Cavalo, Bishop (B)
– Bispo, King (K) – Rei e Queen (Q) – Dama, os peões assumem a letra da coluna
em que estão.
Bom, chega de teoria e vamos para
a prática, pois visualizando a partida e acompanhando os comentários o leitor
poderá fixar com mais clareza a informação.
Agora informarei um link muito interessante que o leitor poderá colher informações mais precisas sobre a notação algébrica. Você poderá acessar aqui.
Bom, leitor amigo, espero ter ajudado nesse conceito. Lembrando que em torneios oficiais há a obrigatoriedade da anotação algébrica. Abaixo você poderá ver um exemplo de uma súmula de anotação, ainda que a simbologia usada para identificar as peças foi um desenho, desconsidere esse preciosismo desnecessário meu, mas na época em que eu jogava torneios, eu gostava dessa simbologia. De qualquer forma é um exemplo de uma súmula oficial.
Bom, leitor amigo, espero ter ajudado nesse conceito. Lembrando que em torneios oficiais há a obrigatoriedade da anotação algébrica. Abaixo você poderá ver um exemplo de uma súmula de anotação, ainda que a simbologia usada para identificar as peças foi um desenho, desconsidere esse preciosismo desnecessário meu, mas na época em que eu jogava torneios, eu gostava dessa simbologia. De qualquer forma é um exemplo de uma súmula oficial.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Geração Carlsen
Entre os dias 28 de Jullio a 1 de
Agosto se disputou o Internacional de Washington, vencido por Gata Kamsky, com 7 pontos,
seguido por GM Alexander Onischuk (2666) com 6 ½ pontos e GM Timur Gareev
(2658) com 6 ½ pontos.
Gata Kamsky (esquerda)
Mas o destaque foi Awonder Liang
(1922 – USA). Esse menino de apenas 9 anos de idade conseguiu uma vitória
surpreendente contra um rating FIDE de 2382. Trata-se do GM Laurence Haufman (GM
2382 – USA). O menino prodígio ganhou em grande estilo, depois um belo sacrifício
temático em “e6” (Diagrama 1). É claro que vamos postar toda a partida para o
deleite do amigo leitor (ao final desse post).
Awonder Liang
Outro caso interessante foi a
derrota do GM Sergei Azarov (2658 – BLR) para Jared Defibaugh
(2263 – USA), de apenas 22 anos, em uma partida cheia de sacrifícios, mas com
um arremate também surpreendente. Será essa a nova geração Carlsen? Será que
veremos tantos outros jovens despontarem tão rapidamente? Basta lembrar ao
leitor que a SuperFinal Russa contou com a participação de um jovem de apenas
16 anos (Dubov).
Jared Defibaugh (Direita)
É, amigo
leitor, a distancia a percorrer até o título de Grande Mestre já não está tão
longínqua como antigamente, pelo menos para essa nova geração Carlsen, onde as
informações, os recursos tecnológicos e os legados deixados pelos antigos
Grandes Mestres podem se resumir em alguns megabytes de um pendrive! É esperar
para ver!
Abaixo a partida do menino Awonder Liang (1922 - USA)
Resultado: Superfinal Championships Russian 2012
Um dos torneios mais forte da Rússia,
Russian Supefinal Championships 2012, finalizou com a série de desempates (15
min), na versão masculina, sendo vencido por Dmitry Andreikin (2715) com 4
pontos em 5 partidas, seguido por Sergey Karjakin (2785) com 3 ½ em 5 partidas
da série de desempate. A série de desempate da versão masculina foi necessária
tendo em vista que o resultado final do torneio teve seis empates com 5 pontos.
Na versão feminina a vencedora foi Natalija Pogonina (2448), com 6 ½ pontos. O
torneio feminino não teve a necessidade da série de desempate.
Visão do torneio masculino e Feminino
Vencedor Dmitry Andreikin (2715)
Vencedora Natalija Pogonina (2448)
Especial atenção para a promessa
Daniil Dubov de apenas 16 anos, que jogou um torneio de alto nível e só não se
classificou para a série de desempate por ter perdido uma única partida em todo
o torneio, finalizando em 8º lugar com 4 pontos.
GMI Daniil Dubov (2594) de 16 anos
As partidas em formato PGN pordem ser encontradas tanto para o Masculino quanto para o Feminino, bastando apenas clicar no link correspondente. As partidas do TieBreak Masculino também podem ser baixadas.
sábado, 11 de agosto de 2012
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Brancas jogam e empatam!
Como as brancas se salvam nessa posição? Tudo parece crer que não, tendo em vista poderem receber um mate a qualquer momento. Descubra a sequência salvadora e depois confira no botão Exibir Solução. Se desejar, poste um comentário.
Brancas jogam e empatam!
Finais Instrutivos - Parte 1: Final de Torre
Bem
sabemos que os finais de torre possuem suas técnicas próprias, necessitando do
jogador adquiri-las para um perfeito domínio nessa fase (final), onde
determinadas posições ditas como teóricas norteiam o jogador em suas decisões
durante a partida, permitindo inclusive entrar em uma posição com desvantagem
material (peões). Isso nos mostra quão importante é o domínio dessa fase para
uma justa valorização posicional. Hoje darei um exemplo de uma partida realizada
recentemente (Super Final Russa), entre Karjakin x Alekseev, pela sétima rodada,
onde tivemos um instrutivo final de torre e peão x torre, com vitória das
brancas. Para melhor exemplificar o que ocorreu, postei apenas o que se seguiu
a partir da posição do diagrama 1.
Diagrama 1, após 41. Tc2
No
diagrama 1, Alekseev (Negras) não conseguiu encontrar uma defesa que possibilitasse um final teoricamente
empatado de torre x torre e peão, apesar de empreender manobras defensivas
dignas de consideração. Já o seu oponente encontrou o plano correto na manobra
de rei via a2 e a clássica manobra do
triângulo, com a torre apoiando o avanço dos peões passados, após a captura
do peão negro. Esse final remonta outro final já extensivamente analisado por
Smilov em seu livro “Teoria de Finais de Torre”, na página 71, exemplo 92, onde
relata a manobra vencedora de tal posição (Ver diagrama 1A). Percebe-se
nitidamente que Karjakin usou essa mesma técnica, concluindo que provavelmente
já dominava tal tipo de posição, usando-a com maestria para finalizar em uma
posição vencedora. Diga-se de passagem que para um Grande Mestre é uma situação
rotineira devido ao seu alto domínio teórico e prático no xadrez. Vejamos o que
se seguiu:
Diagrama 1A - Smilov
A aplicação dos conhecimentos em finais respalda-se em uma profunda compreensão das posições temáticas, tão vastamente analisadas na mais variadas literaturas do gênero. Resta ao leitor ambientar-se com tais posições, pois o seu domínio lhe dará desenvoltura e conceberá o que chamamos técnica apurada para solução de determinadas situações diante do tabuleiro.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Ao estilo de Paul Morphy
A
super final Russa está na sua 6ª rodada e hoje tivemos uma bela partida onde Andreikin
(2715) obteve um esplendida vitória sobre o seu compatriota Sjugirov (2635),
lembrando os velhos tempos do xadrez arte do inesquecível Paul Morphy!
O
diagrama abaixo, após o lance das negras 17. ... Bd6 ?, posição oriunda de uma
defesa Caro-Kan, Andreikin jogou de forma altamente tática e com plena
atividade de suas peças sobre o rei inimigo, assim como foi mostrado na
postagem Posições
Temáticas – Parte 2: Ataque ao roque. Como a partida possui muitos recursos
defensivos, ainda que ineficazes, resolvi postá-la por completo e sem comentários,
para o deleite do leitor.
Brancas jogam e ganham!
Brancas jogam e ganham
No
diagrama abaixo (A. Shirov - V. Laznicka - 2012, posicião após 35. ... D:d1)
abaixo, o último lance das Negras foi 35. ... D:d1, tomando a torre
branca em d1, visando uma simplificação em um final com um peão passado (d3), o
que daria às Negras grande vantagem! No entanto, Shirov preparou uma
surpresa... um total desprezo pelo imediato equilibrio material. Brancas jogam
e ganham!
A.
Shirov - V. Laznicka - 2012, posicião após 35. ... D:d1
Brancas
jogam e ganham!
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Posições temáticas - parte 2: Ataque ao roque
São muitas as situações em que
nos deparamos com sacrifícios sobre o roque, justamente onde o rei
encontrava-se “protegido”, salvo de todas as ameaças oportunistas. No entanto,
nem sempre o roque é o guardião de todas essas ameaças indesejadas sobre o rei.
Se não houver o complemento da proteção efetiva de peças, evitar o avanço
desnecessário de peões, as debilidades tornam-se evidentes para o início de um
ataque fulminante. Técnicas como ataque duplo, sobrecarga, desvio e demolição
da estrutura de peões são algumas das artimanhas que um ataque ao roque pode
empreender. Portanto, aquele que se defende deve ter sempre em mente estas
situações, para que não entregue a partida tão repentinamente, sem ao menos
esboçar luta. Vejamos alguns exemplos:
No diagrama 1 (Zelevinsky x
Berevin, URSS 1957), vemos uma anormal estrutura de peões negra da ala do rei.
O avanço provocou debilidades que as brancas aproveitaram rapidamente. As duas
diagonais (a1-h8 e b1-h7) estão agora totalmente dominadas pelos bispos brancos
e a coluna f está sob o domínio da torre branca. Praticamente todas as peças
brancas concorrem para a investida final sobre o rei negro, exceto a torre de
a1, mas o arsenal disponível para o ataque já é suficiente. Vejamos o que
seguiu: 1. Bh7+! C:h7 2. T:f7!
(demolição) 2. ... R:f7 (Se 2. ... Cf8 3. Tg7+ Rh8 4. T:d7 com ganho
de qualidade) 3. D:h7+ Re6 4. Bc7! (liberação
da coluna e, com ganho de tempo) 4. ...
Dd7 5. Te1+ e as negras abandonaram em vista do mate com 5. ... Rf6 6. Ch5 ++.
Diagrama 1
Zelevinsky x
Berevin, URSS 1957
No diagrama 2 (Karpov x Kramnik,
Montecarlo 1998), a fase final já se instalou, mas as debilidades do roque
negro são sérias, o que leva as brancas a demonstrarem com o lance 1. Dc8!, as negras seguiram com 1. ... Tf8? (Mais resistência haveria
com 1. ... Dd2! 2. Dg4+ Rf8 3. Rg2 Dc7,
com considerável vantagem branca, mas ainda muito chão pela frente. Se 1. ... T:c8 2. T:c8+ Rg7 3. C:f5+ Rg6 4. Tg8+ Rh5 5. g4++) 2. Dg4+ Rh8 3. Tc8! (agora é a torre que toma ligar na
batalha), as negras se renderam tendo em vista que 3. ... T:c8 (3. ... D:a3 4.
Cf5 com mate em g7) 4. D:c8 Rg7 5.
Cf5+ Rg6 6. Dg8+ Rh5 7. g4 ++.
Diagrama 2
Karpov x Kramnik,
Montecarlo 1998
No diagrama 3 (Furman x Jolmov,
URSS 1963), outro final bem parecido com o anterior, só que agora a combinação
de Dama, Bispo e Torre sobre o roque adversário. Veja como a atividade das
peças concorre para que a demolição do roque adversário seja possível.
Obviamente que as peças negras (Dama, Torre e cavalo), não estão bem dispostas,
permitindo o assalto final. Furman seguiu com o demolidor 1. T:h6+ g:h6 (se 1. ... Rg8
2. Th8+ R:h8 3. D:h6+ Rg8 4. D:g7++) 2. Df5+ Rg8 3. Dg4+ Rf8 4. Dg7+ Re7 5. De5+ Rf8 ( se 5. … Rd8 6. Db8+ Re7 7. Bc5+ +-, ganhando a dama negra) 6. Bc5+ e as negras abandonaram, visto
que 6. ... Ce7 7. Dh8 ++ ou se 6. ... Rg8, perdem grande quantidade de
material.
Diagrama 3
Furman x Jolmov,
URSS 1963
Esses foram alguns exemplos de
ataque ao roque inimigo. Perceba, leitor amigo, que vários fatores contribuem
para isso: a atividade das peças, a debilidade da estrutura de peões adversária
e passividade e desconexão das peças de defesa. Inclusive esta última acaba
sendo vítima do próprio ataque, como vimos no exemplo do diagrama 3, onde a
dama e torre poderiam ser capturadas em algumas das variantes mostradas. Nesse
tipo de ataque há que se ter um pleno domínio do cálculo de variantes para não
desperdiçar as reais chances de ataque ou até mesmo perceber a necessidade de
agregar mais peças para que o ataque seja vitorioso. Há inúmeros outros casos
onde aquele que empreende o ataque valoriza mal a posição e colhe pesada
decepção quando percebe que nada levou os demasiados sacrifícios feitos,
restando inclusive abandonar a partida. Outras tantas situações podem ser
remediadas com um salvador cheque perpétuo ( Veja a postagem anterior,
onde Dubov, apesar da grande maestria, foi confrontado com uma tenaz defesa do
seu adversário, restando buscar o salvador cheque perpétuo.
Ao leitor amigo deixo meu conselho: especialize-se em
tática, lendo as literaturas disponíveis, resolvendo os exercícios propostos
nos livros e, com certeza, colherá frutos. Não que a tática norteie seu
caminho, isso vai muito do estilo de cada jogador, mas saber enfrentar esses
momentos, tanto na defesa quanto no ataque, poupar-lhe-á tempo precioso no
relógio, além de desenvolver esse instinto tático tão necessário para um bom
enxadrista.
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